quinta-feira, 11 de março de 2010

Como é que eu decido o que vai e o que fica?

Bom, estamos reorganizando a casa e do meu ponto de vista, isso quer dizer que temos a oportunidade de dar uma olhada naquelas coisas que a gente nem lembrava que tinha e repensar:


Se essa lanterna do Pato Donald estava aqui esse tempo todo e eu nunca senti falta, eu preciso mesmo achar um novo lugar (que não seja o lixo) pra guardá-la?
Se essa camiseta me lembra de coisas boas, será que eu consigo ainda lembrar das coisas boas sem ter que olhar pra ela?
Se eu não consigo lembrar das coisas boas sem olhar pra essa vela, quantas vezes eu pensei em olhar pra ela nos últimos 4 anos?
Se eu quero MESMO manter esse barco enorme de madeira comigo, será que há algum lugar melhor pra pô-lo que não seja na minha mesa de jantar? E quanto espaço essa coisa inútil vai tomar?
Será que esse prato solitário do conjunto que eu comprei quando morei sozinha pela primeira vez tem alguma utilidade já que eu não gosto de pôr a mesa pratos que não combinam e eu tenho um conjunto novinho em folha?
Quando é que eu vou finalmente consertar esse sapato que eu fico me convencendo que eu vou consertar quando tiver dinheiro? E quando é que o próximo dinheiro que sobrar vai ser "bom o suficiente" pra ser destinado a arrumar esse sapato? Ou será que eu vou comer aquele sushi que eu não como há 3 meses??? ãh??? 


É. Eu não sei.


Tem muita coisa que eu já decidi que eu posso viver sem - a primeira delas foi aquele vizinho que eu perseguia quando estava no 2o grau. Ah, pode ter CERTEZA que alguém vai ler isso e saber exatamente do que eu estou falando (O prazer é meu - me refiro as gargalhadas que você deu) Mas eu ainda tenho muito, mas MUITO problema quando se trata de me livrar de roupas, sapatos, maquiagem, aparatos de cabelo e acessórios. Eu ainda não sei exatamente de onde vem essa facinação com a produção. Eu não tenho metade das coisas que eu gostaria de ter. Mas eu tenho 4 vezes mais do que espaço disponível na minha casa pra tudo isso. Se você perguntar pra qualquer pessoa que bem me conhece eu adoro música e filme, mas eu não tenho mais nenhum cd/fita/LP ou fita VHS/DVD que eu gostava. Os livros que eu adorei ler, nem lembro mais quais são! Mas eu tenho as roupas que me foram dadas como uniforme na primeira loja aonde trabalhei 7 anos atrás - inclusive as que não me cabem mais* - ainda tenho o primeiro sapato de salto que eu comprei com meu próprio dinheiro apesar de não ter coragem de usá-lo (primeiro porque ele vai cair aos pedaços e depois porque ele tá tão fudido que dá pra VER que ele vai cair aos pedaços).


Se você tem alguma dica, alguma sugestão, alguma pergunta que pode ser adicionada a minha lista, por favor, não hesite. Eu não vou conseguir arrumar essa casa em dois dias. Talvez nem em duas semanas, levando em conta que metade do espaço pra guardar coisas ainda está pra ser construído pelo Sr. Fragale, que trabalha o dia inteiro, com materiais que ainda estão pra ser comprados com um orçamento severamente limitado. Então, vamos lá... Comente!


*Todas elas cabiam em mim até aproximadamente um ano atrás, mas esse assunto vai ficar pra outro post.

4 comentários:

Unknown disse...

Qdo saí de casa pra ir morar com meu ex marido, levei o essencial. Depois saí da casa dele e fui pruma pequena kit, e na mudança me livrei de metade das coisas.
Ano passado qdo tive q sair da kit e voltar pra casa de mamãe me livrei de mais metade.

Hj posso dizer que nao preciso de mto pra viver. Mas é claro que qto mais espaço temos, mais coisas queremos entulhar.

Vou me livrando das coisas aos poucos. Um dia me dá a louca e eu arrumo os papéis. Outro, os livros. Outro, as roupas (no meu blog falo sobre isso até).

As roupas sao um caso a parte. Realmente tento avaliar me perguntando essas coisas q vc se pergunta tb...

kelly borges disse...

Amada, sofra não!!!!
Isso é materialismo puro. Se sabe que nao precisa, para que guardar? Você não vai deixar de lembrar dos fatos da sua vida se não os tiver para olhar. Não há nada que seja mais fotográfico que a visão do coração.

Agora, se ainda tiver aquela bota da loja de 7 anos, de salto alto, quadrado, vinho, de cano alto, manda para mim !

E olha só como não faz falta .... você ainda sabe como antes todas as cenas do Clube da Luta?

Joga tudo fora logo! Focoooo!!!!

Fragale disse...

Pois é Amanda, é um caso de terapia, minha amiga. Muita terapia..

Kelly, amor, nem em sonho que eu vou me livrar daquela bota. Uso aqui DIRETO!!!

Rita Helena disse...

Bem, eu fui vítima das suas desarrumações. Sempre teve dificuldade de se desfazer de roupas, calçados e trecos. De um tempo para cá decidi que quando eu comprar roupas, calçados e etc..., eu retiro peças e calçados equivalentes aos que eu comprei e passo pra frente. Tente, se vc conseguir será ótimo.